sexta-feira, 29 de março de 2013

Fratura do Quadril no Idoso: Colo do Fêmur

Fratura do colo do fêmur
Osteossíntese ou Prótese




















A pessoa de idade avançada está mais predisposta a sofrer fraturas no fêmur proximal, junto ao quadril, e a fratura do colo do fêmur além de causar incapacidade funcional, pois a pessoa não consegue caminhar, aumenta muito o risco de morte pela imobilização, pelos problemas que a falta de locomoção causam no idoso, além dos danos da imobilidade prolongada no leito. Esta fratura, por ocorrer numa zona do osso de má circulação, não costuma cicatrizar quando deslocada, especialmente no idoso, pois há ruptura dos poucos vasos sanguíneos que nutrem a cabeça do fêmur causando necrose.
As mulheres são mais atingidas sendo a osteoporose um dos fatores de risco mais importantes para este tipo de lesão. Fumantes e sedentários também têm o risco de fratura aumentado. Uma queda da própria altura costuma ser o episódio mais comum, cursando com dor no quadril afetado, rotação do pé para fora, e incapacidade para caminhar. Costumam ocorrer após os 70 anos e as opções de tratamento são as seguintes;
1- Não operar:
Somente no caso de pessoa idosa em péssimo estado de saúde onde o risco da anestesia é enorme segundo avaliação clínica e do anestesista, e em pessoas que já não se locomoviam previamente ao trauma. Deve ser discutido com os familiares;
2- Osteossíntese (figura acima central):]
Em pessoas mais jovens e em casos de não deslocamento da fratura é possível a fixação do osso com 2 a 3 parafusos. Há o risco de necrose da cabeça e de necessitar cirurgia adicional, mas com a vantagem de preservar a cabeça se obtido sucesso;
3- Artroplastia (prótese) total:
Substituição tanto da cabeça do fêmur quanto do acetábulo (osso da pelve que articula com a cabeça do fêmur - figura acima à direita), usada no idoso com boa mobilidade e com boa expectativa de vida, entre 60 e 80 anos. É uma cirurgia mais ampla e com maior perda sanguínea mas com grande durabilidade (15 a 20 anos);
4- Artroplastia parcial:
Cirurgia de menor perda sanguínea, de menor tempo cirúrgico (menos da metade) pois substitui-se somente o fêmur, permitindo uma mobilização da pessoa mais rápida, usada mais nas pessoas acima de 80 anos ou naquelas com baixa expectativa de vida.
A indicação do tratamento deve ser discutida entre o ortopedista, o paciente e a família, sendo que a cirurgia é reconhecidamente a melhor opção nas pessoas que se locomoviam antes de sofrer a fratura.