quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Imobilizações em Traumatologia

De uma maneira geral a região traumatizada deve ser imobilizada de tal maneira que as duas articulações adjacentes sejam incluídas na imobilização. Por exemplo, se tivermos um trauma no antebraço, região compreendida entre o punho e o cotovelo, devemos usar uma imobilização que inclua o punho e o cotovelo, chamada de imobilização axilopalmar (da axila até a palma da mão).
As imobilizações podem ser provisórias (enfaixamento ou tala gessada) ou definitivas (imobilização com gesso ou órtese, que permanece até a resolução do trauma).
Os enfaixamentos são usados em traumas leves, sem fraturas onde queremos apenas dar conforto ao segmento traumatizado ou apenas limitar a mobilidade local temporariamente. Exemplo disso seria uma enfaixamento de tornozelo em uma entorse leve, sem dor importante, sem instabilidade, que pode ser substituído por uma tornozeleira.
As talas gessadas são usadas para imobilizar o segmento nos primeiros dias de um trauma mais importante, como lesões ligamentares e fraturas, pois na primeira semana o inchaço é grande, e a tala adapta-se melhor nessa situação, pois se o edema for muito grande a tala cede não afetando o retorno venoso, pois a tala é uma espécie de calha de gesso que fica apoiando o segmento lesado em um só lado, sendo enrolada ao membro com ataduras.
Após a primeira semana ou mais, pode-se trocar a tala, quando indicado, pela imobilização definitiva, que pode ser gesso circular, órtese (botas estofadas, imobilizadores prontos vendidos em casas de produtos ortopédicos) até a resolução do processo, seja consolidação óssea, cicatrização de um ligamento, por exemplo.
Tudo dependerá do tipo de lesão e do critério adotado pelo profissional, mas um aspecto não muda: Sempre eleve o membro traumatizado, aplique gelo 30 minutos 4 ou mais vezes ao dia, mova os dedos quando permitido para ativar a circulação de retorno, e cuide bem da imobilização como orientado pelo seu ortopedista.