terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Fraturas da Clavícula
As fraturas da clavícula são muito frequentes na prática diária de qualquer ortopedista e traumatologista e também de médicos que trabalham em emergências, deixando as pessoas angustiadas porque "o médico nem engessou, nem imobilizou", dando a falsa impressão que não foi corretamente tratada.
A causa mais comum da fratura da clavícula no adulto e nas crianças maiores é uma queda sobre o ombro, geralmente produzindo uma fratura no terço médio (bem no meio) da clavícula. Às vezes pode ocorrer uma fratura no terço lateral (perto do ombro), sendo que o tratamento muda conforme a localização da fratura, o desvio, o encurtamento e conforme a idade da pessoa fraturada.
Fraturas no Terço Médio em Adultos e Jovens:
São as mais frequentes, causando uma deformidade visível e dor ao simples movimento do braço ou do pescoço, deixando a pessoa apreensiva com os estalos até ao inspirar, o paciente acha que não vai colar, que vai perfurar a pele, que vai ter que operar. Pior fica a situação quando o técnico em Rx ou um médico não habituado a ver essas fraturas no Rx dizem que "está muito feio, acho que vai ter que operar". As pessoas já nos procuram bastante assustadas.
A maioria destas fraturas cursa com o deslocamento do fragmento medial (do lado do pescoço) para cima devido a tração dos músculos do pescoço, e com o deslocamento do fragmento lateral (do lado do ombro) para baixo pelo peso do braço. Este deslocamento gera uma imagem no Rx(como mostrado acima) de separação que parece ser impossível de consolidar, mas não é bem assim.
Hoje os ortopedistas operam mais as fraturas da clavícula visando um retorno mais rápido ao esporte ou às atividades diárias, mas regra geral as fraturas da clavícula candidatas à cirurgia são aquelas em que após um longo período de tratamento (geralmente 2 ou mais meses) não se observa formação de calo ósseo, aquelas em que o fragmento medial perfura a pele no momento do trauma ou no decorrer do tratamento, aquelas em que um terceiro fragmento central gira e perfura a pele, fraturas com muito afastamento dos fragmentos (pode ter interposição de tecido muscular) e aquelas em que os fragmentos se cruzam com um "cavalgamento" gerando um encurtamento da clavícula de mais de 2 centímetros.
Nos demais casos, que são 90%, o tratamento conservador, sem cirurgia, é eficaz, geralmente colando em 2 meses, com liberação para as atividades plenas aos 3 meses, dependendo dos controles radiológicos.
Usamos como imobilização uma TIPÓIA-VELPEAU ou uma imobilização TIPO OITO OU X POSTERIOR PARA CLAVÍCULA, que pode ser feita pelo ortopedista ou ser adquirida em lojas de produtos ortopédicos, que são bem melhores.
Geralmente em 1 a 2 semanas a dor e a crepitação sentida desaparecem, a pessoa se tranquiliza, principalmente se o ortopedista explicar que o calo ósseo fica saliente pois a clavícula fica praticamente sob a pele, e apesar de diminuir com o tempo, só desaparece nas crianças devido ao crescimento com remodelação. Operar por motivo estético não vale a pena na minha opinião pois a cicatriz neste local pode ser ruim e um pino ou placa também ficará saliente sob a pele, muitas vezes incomodando e necessitando nova cirurgia para remoção.
Então fique tranquilo. Em breve falarei nas fraturas da clavícula em crianças pequenas e nas fraturas do terço lateral.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Imobilizações em Traumatologia
De uma maneira geral a região traumatizada deve ser imobilizada de tal maneira que as duas articulações adjacentes sejam incluídas na imobilização. Por exemplo, se tivermos um trauma no antebraço, região compreendida entre o punho e o cotovelo, devemos usar uma imobilização que inclua o punho e o cotovelo, chamada de imobilização axilopalmar (da axila até a palma da mão).
As imobilizações podem ser provisórias (enfaixamento ou tala gessada) ou definitivas (imobilização com gesso ou órtese, que permanece até a resolução do trauma).
Os enfaixamentos são usados em traumas leves, sem fraturas onde queremos apenas dar conforto ao segmento traumatizado ou apenas limitar a mobilidade local temporariamente. Exemplo disso seria uma enfaixamento de tornozelo em uma entorse leve, sem dor importante, sem instabilidade, que pode ser substituído por uma tornozeleira.
As talas gessadas são usadas para imobilizar o segmento nos primeiros dias de um trauma mais importante, como lesões ligamentares e fraturas, pois na primeira semana o inchaço é grande, e a tala adapta-se melhor nessa situação, pois se o edema for muito grande a tala cede não afetando o retorno venoso, pois a tala é uma espécie de calha de gesso que fica apoiando o segmento lesado em um só lado, sendo enrolada ao membro com ataduras.
Após a primeira semana ou mais, pode-se trocar a tala, quando indicado, pela imobilização definitiva, que pode ser gesso circular, órtese (botas estofadas, imobilizadores prontos vendidos em casas de produtos ortopédicos) até a resolução do processo, seja consolidação óssea, cicatrização de um ligamento, por exemplo.
Tudo dependerá do tipo de lesão e do critério adotado pelo profissional, mas um aspecto não muda: Sempre eleve o membro traumatizado, aplique gelo 30 minutos 4 ou mais vezes ao dia, mova os dedos quando permitido para ativar a circulação de retorno, e cuide bem da imobilização como orientado pelo seu ortopedista.
As imobilizações podem ser provisórias (enfaixamento ou tala gessada) ou definitivas (imobilização com gesso ou órtese, que permanece até a resolução do trauma).
Os enfaixamentos são usados em traumas leves, sem fraturas onde queremos apenas dar conforto ao segmento traumatizado ou apenas limitar a mobilidade local temporariamente. Exemplo disso seria uma enfaixamento de tornozelo em uma entorse leve, sem dor importante, sem instabilidade, que pode ser substituído por uma tornozeleira.
As talas gessadas são usadas para imobilizar o segmento nos primeiros dias de um trauma mais importante, como lesões ligamentares e fraturas, pois na primeira semana o inchaço é grande, e a tala adapta-se melhor nessa situação, pois se o edema for muito grande a tala cede não afetando o retorno venoso, pois a tala é uma espécie de calha de gesso que fica apoiando o segmento lesado em um só lado, sendo enrolada ao membro com ataduras.
Após a primeira semana ou mais, pode-se trocar a tala, quando indicado, pela imobilização definitiva, que pode ser gesso circular, órtese (botas estofadas, imobilizadores prontos vendidos em casas de produtos ortopédicos) até a resolução do processo, seja consolidação óssea, cicatrização de um ligamento, por exemplo.
Tudo dependerá do tipo de lesão e do critério adotado pelo profissional, mas um aspecto não muda: Sempre eleve o membro traumatizado, aplique gelo 30 minutos 4 ou mais vezes ao dia, mova os dedos quando permitido para ativar a circulação de retorno, e cuide bem da imobilização como orientado pelo seu ortopedista.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Primeiro Atendimento na Urgência Traumatológica
Sempre que nos deparamos com uma pessoa vítima de queda ou acidente, temos vontade de ajudá-la, mas para isso temos que ter alguma noção básica para que realmente nossa possível intervenção em uma determinada situação ajude a pessoa ao invés de prejudicá-la.
Em primeiro lugar temos que manter o controle por mais desesperadora que seja a situação encontrada. Sei que falar é fácil, mas o desespero tira o raciocínio e nos expõe a riscos desnecessários. Lembrem-se que para que possamos auxiliar alguém temos que primeiro garantir a nossa segurança. Então, por exemplo, ao encontrarmos alguém caído na estrada ou em ruas ou avenidas, antes de corrermos em direção à pessoa acidentada, temos que tentar sinalizar que há algo errado ocorrendo, seja com sinalização do carro, seja colocando objetos alguns metros antes do local para chamar a atenção de outros veículos. Muitas vezes a vítima do acidente e a pessoa que está socorrendo são vítimas fatais de motoristas desatentos, por isso primeiro temos que garantir a segurança local. Assim que possível, acione equipe de resgate ou peça para outra pessoa fazê-lo.
Depois de garantida a nossa segurança, podemos tentar auxiliar a pessoa acidentada. Aqui vão algumas noções:
Se houver ferimento sangrante, evite o torniquete, apenas comprima o ferimento com compressas ou panos limpos, preferentemente com luvas ou qualquer proteção para suas mãos. Até sacos plásticos envolvendo suas mãos.
Se houver alguma deformidade que esteja causando interrupção da circulação além da lesão, pode-se fazer uma tração longitudinal delicada tentando alinhar o membro afetado. Se não tiver coragem, não mexa e aguarde o pessoal do resgate, que possui equipamento para imobilização.
Evite mexer na região do pescoço da vítima, pois uma lesão neurológica irreversível pode ser causada se ela tiver uma fratura na coluna cervical. Tente manter a pesssoa o mais "reta" possível, evitando lesões adicionais na coluna. Quando estivermos fora do alcance de uma equipe de resgate, em locais afastados das regiões urbanas, providencie uma tábua rígida para que a pessoa repouse nessa superfície, cuidando para segurá-la sem movimentos bruscos e sem curvá-la, sendo que você precisará de mais pessoas ajudando.
Se for um motoqueiro, cuidado ao remover o capacete, pois para isso é neecessária a estabilização da região do pescoço, para tanto às vezes precisamos de ajuda de uma segunda pessoa. Repito: Se não tiver coragem ou noção correta de como fazer, não mexa e aguarde a equipe do resgate.
Uma fratura no punho pode ser imobilizada com uma revista em formato de calha e amarrada sem comprimir o membro com uma atadura ou pedaços de pano, roupas, etc. Pedaços de madeira, por exemplo, podem ser usados para imobilizar uma perna, colocando duas madeiras, uma de cada lado da perna, amarradas ao membro com delicadeza. Numa situação extrema, são atitudes que minimizam o desconforto do acidentado.
Mas isso nas situações onde não temos estrutura para fazermos as imobilizações definitivas, que serão mostradas em outra postagem. Até lá.
Em primeiro lugar temos que manter o controle por mais desesperadora que seja a situação encontrada. Sei que falar é fácil, mas o desespero tira o raciocínio e nos expõe a riscos desnecessários. Lembrem-se que para que possamos auxiliar alguém temos que primeiro garantir a nossa segurança. Então, por exemplo, ao encontrarmos alguém caído na estrada ou em ruas ou avenidas, antes de corrermos em direção à pessoa acidentada, temos que tentar sinalizar que há algo errado ocorrendo, seja com sinalização do carro, seja colocando objetos alguns metros antes do local para chamar a atenção de outros veículos. Muitas vezes a vítima do acidente e a pessoa que está socorrendo são vítimas fatais de motoristas desatentos, por isso primeiro temos que garantir a segurança local. Assim que possível, acione equipe de resgate ou peça para outra pessoa fazê-lo.
Depois de garantida a nossa segurança, podemos tentar auxiliar a pessoa acidentada. Aqui vão algumas noções:
Se houver ferimento sangrante, evite o torniquete, apenas comprima o ferimento com compressas ou panos limpos, preferentemente com luvas ou qualquer proteção para suas mãos. Até sacos plásticos envolvendo suas mãos.
Se houver alguma deformidade que esteja causando interrupção da circulação além da lesão, pode-se fazer uma tração longitudinal delicada tentando alinhar o membro afetado. Se não tiver coragem, não mexa e aguarde o pessoal do resgate, que possui equipamento para imobilização.
Evite mexer na região do pescoço da vítima, pois uma lesão neurológica irreversível pode ser causada se ela tiver uma fratura na coluna cervical. Tente manter a pesssoa o mais "reta" possível, evitando lesões adicionais na coluna. Quando estivermos fora do alcance de uma equipe de resgate, em locais afastados das regiões urbanas, providencie uma tábua rígida para que a pessoa repouse nessa superfície, cuidando para segurá-la sem movimentos bruscos e sem curvá-la, sendo que você precisará de mais pessoas ajudando.
Se for um motoqueiro, cuidado ao remover o capacete, pois para isso é neecessária a estabilização da região do pescoço, para tanto às vezes precisamos de ajuda de uma segunda pessoa. Repito: Se não tiver coragem ou noção correta de como fazer, não mexa e aguarde a equipe do resgate.
Uma fratura no punho pode ser imobilizada com uma revista em formato de calha e amarrada sem comprimir o membro com uma atadura ou pedaços de pano, roupas, etc. Pedaços de madeira, por exemplo, podem ser usados para imobilizar uma perna, colocando duas madeiras, uma de cada lado da perna, amarradas ao membro com delicadeza. Numa situação extrema, são atitudes que minimizam o desconforto do acidentado.
Mas isso nas situações onde não temos estrutura para fazermos as imobilizações definitivas, que serão mostradas em outra postagem. Até lá.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Atividade Física Para Idosos
Continuando a falar na prevenção de quedas e fraturas nos idosos, chego no assunto mais importante que é a atividade física, fator mais importante na prevenção destes acidentes.
Todos sabemos que o sedentarismo vai atrofiando nossa musculatura, sendo que um terço da massa muscular já é perdida com o avanço da idade. O sedentarismo agrava esta perda de massa muscular facilitando as quedas.
A atividade física previne a perda de massa óssea, mantém a massa óssea e até melhora a qualidade óssea pelo estímulo ao osso que se reforça perante a carga de exercícios. Além disso, melhora a força muscular e a flexibilidade articular. Constitui-se numa excelente forma de promover saúde em qualquer faixa etária, especialmente no idoso, pela indução de várias adaptações fisiológicas e psicológicas como aumento da capacidade respiratória, melhora da circulação periférica, controle da glicemia (açúcar no sangue), da obesidade e da pressão arterial. Melhora também o equilíbrio e a marcha dando ao idoso independência para realizar suas atividades diárias, aumentando a autoestima e combatendo a depressão. O exercício libera no cérebro algumas substâncias químicas responsáveis pela sensação de bem estar, auxiliando ainda mais no combate à depressão.
Algumas recomendações para a prática de atividade física na terceira idade:
- fazer uma avaliação com seu médico com vistas à prática de exercícios (qual mais recomendado para sua situação clínica);
- fazer o exercício somente quando sentir-se bem;
- usar roupas e calçados adequados ao exercício em questão;
- evitar fumo e sedativos;
- não fazer exercícios em jejum;
- interromper o exercício se dor ou desconforto (respeitar os limites do corpo);
- evitar exercícios em temperaturas extremas;
- iniciar lenta e gradativamente para permitir a adaptação;
- hidratar-se antes, durante e depois do exercício;
- fazer aquecimento e alongamento orientados.
Decida-se o quanto antes, procure seu médico, comece a fazer seu exercício e tenho certeza que sua qualidade de vida irá melhorar.
Todos sabemos que o sedentarismo vai atrofiando nossa musculatura, sendo que um terço da massa muscular já é perdida com o avanço da idade. O sedentarismo agrava esta perda de massa muscular facilitando as quedas.
A atividade física previne a perda de massa óssea, mantém a massa óssea e até melhora a qualidade óssea pelo estímulo ao osso que se reforça perante a carga de exercícios. Além disso, melhora a força muscular e a flexibilidade articular. Constitui-se numa excelente forma de promover saúde em qualquer faixa etária, especialmente no idoso, pela indução de várias adaptações fisiológicas e psicológicas como aumento da capacidade respiratória, melhora da circulação periférica, controle da glicemia (açúcar no sangue), da obesidade e da pressão arterial. Melhora também o equilíbrio e a marcha dando ao idoso independência para realizar suas atividades diárias, aumentando a autoestima e combatendo a depressão. O exercício libera no cérebro algumas substâncias químicas responsáveis pela sensação de bem estar, auxiliando ainda mais no combate à depressão.
Algumas recomendações para a prática de atividade física na terceira idade:
- fazer uma avaliação com seu médico com vistas à prática de exercícios (qual mais recomendado para sua situação clínica);
- fazer o exercício somente quando sentir-se bem;
- usar roupas e calçados adequados ao exercício em questão;
- evitar fumo e sedativos;
- não fazer exercícios em jejum;
- interromper o exercício se dor ou desconforto (respeitar os limites do corpo);
- evitar exercícios em temperaturas extremas;
- iniciar lenta e gradativamente para permitir a adaptação;
- hidratar-se antes, durante e depois do exercício;
- fazer aquecimento e alongamento orientados.
Decida-se o quanto antes, procure seu médico, comece a fazer seu exercício e tenho certeza que sua qualidade de vida irá melhorar.
terça-feira, 4 de setembro de 2012
Fraturas em Idosos - Prevenindo Quedas
A grande maioria das quedas com lesões ósseas em pessoas idosas ocorre na sua própria moradia, pois o imóvel não está adaptado às condições de locomoção de seu morador com idade mais avançada.
Começando pelo banheiro, onde muitas fraturas ocorrem devido ao piso molhado tornando-se uma armadilha ao idoso. Existem vários suportes de parede para que a pessoa possa afirmar-se, dentro e fora do box onde fica o chuveiro. Também usar pisos antiderrapantes asseguram um menor risco de quedas.
Os corredores devem ser muito iluminados, de preferência com luzes de acendimento automático com sensor de presença, para que a pessoa não tenha que ficar procurando o interruptor de luz no escuro.
As portas devem ter contraste com a parede para facilitar a visão, as maçanetas não devem ser redondas para facilitar a "pegada" de uma pessoa com artrite nas mãos.
A mobília deve ser segura, sem rodas, pois ao apoiar-se a pessoa poderá cair. Não deve ter quinas onde o idoso pode machucar-se, além de não ser colocada no caminho costumeiro da pessoa. Se possível, o banheiro deve ser anexo ao dormitório, e os objetos pessoais devem estar ao alcance, bem como os comandos de iluminação. Nos dias de hoje, um aparelho celular programado com uma tecla de emergência tem grande valor, desde que orientado ao idoso como usar.
As janelas devem ser grandes, para entrar luz natural. Os degraus devem ser, quando possível, substituídos por rampas com piso aderente e corrimãos, e as escadas devem ter os degraus iluminados.
E finalmente: Eliminar os tapetes da casa e não encerar o chão, fatores importantes na prevenção das quedas em idosos.
Na próxima postagem falarei sobre um dos itens mais importantes para prevenir as fraturas nas pessoas idosas.
Começando pelo banheiro, onde muitas fraturas ocorrem devido ao piso molhado tornando-se uma armadilha ao idoso. Existem vários suportes de parede para que a pessoa possa afirmar-se, dentro e fora do box onde fica o chuveiro. Também usar pisos antiderrapantes asseguram um menor risco de quedas.
Os corredores devem ser muito iluminados, de preferência com luzes de acendimento automático com sensor de presença, para que a pessoa não tenha que ficar procurando o interruptor de luz no escuro.
As portas devem ter contraste com a parede para facilitar a visão, as maçanetas não devem ser redondas para facilitar a "pegada" de uma pessoa com artrite nas mãos.
A mobília deve ser segura, sem rodas, pois ao apoiar-se a pessoa poderá cair. Não deve ter quinas onde o idoso pode machucar-se, além de não ser colocada no caminho costumeiro da pessoa. Se possível, o banheiro deve ser anexo ao dormitório, e os objetos pessoais devem estar ao alcance, bem como os comandos de iluminação. Nos dias de hoje, um aparelho celular programado com uma tecla de emergência tem grande valor, desde que orientado ao idoso como usar.
As janelas devem ser grandes, para entrar luz natural. Os degraus devem ser, quando possível, substituídos por rampas com piso aderente e corrimãos, e as escadas devem ter os degraus iluminados.
E finalmente: Eliminar os tapetes da casa e não encerar o chão, fatores importantes na prevenção das quedas em idosos.
Na próxima postagem falarei sobre um dos itens mais importantes para prevenir as fraturas nas pessoas idosas.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Prevenção de Fraturas em Idosos
A prevenção de fraturas em pessoas idosas é diretamente relacionada à prevenção de quedas, que na maioria dos casos ocorre na própria casa do idoso. Desta forma, pretendo enumerar os principais riscos de quedas em pessoas idosas, e na próxima postagem falarei sobre os cuidados que devemos tomar na organização doméstica e pessoal para que possamos evitar este sério problema de saúde pública que causa tanto transtorno às famílias.
Porquê o idoso cai mais?
1- Sedentarismo: A falta de exercício físico atrofia a musculatura da pessoa mais velha, musculatura esssa que já sofre uma atrofia natural com a idade.
2- Déficit neuropsicomotor: 78% dos idosos com deficiência neuromuscular têm quedas graves, sendo que após os 60 anos há perda de 30 a 40 % da força muscular.
3- Perda de Massa Óssea: Ocorre naturalmente com o avanço da idade, favorece a osteoporose que por sua vez provoca fraturas por traumas leves.
4- Degeneração da Cartilagem Articular: Processo de desgaste natural da cartilagem (superfície de revestimento de uma articulação), chamada de osteoartrose, que provoca mais rigidez, menos flexibilidade, facilitando as quedas.
5- Medicamentos: Substâncias de ação central, como benzodiazepínicos (calmantes que causam sedação e queda de pressão), hipnóticos (sedativos que aumentam em 5 vezes o risco de quedas), diuréticos (usados para baixar a pressão), e o álcool que relaciono aqui pois aumenta muito o risco de queda, potencializa o efeito dos medicamentos e a perda óssea.
6- Obstáculos em Casa: Tapetes, chão encerado, degraus e desníveis entre ambientes são verdadeiras armadilhas para a pessoa idosa. acrescente-se a issso o banheiro sem adaptações (suportes para a pessoa segurar-se), e trajetos pouco iluminados.
7- Organização da Mobília: Móveis dispostos no caminho entre o idoso e o banheiro ( a pessoa pode tropeçar), móveis pontiagudos, com quinas que podem ferir a pessoa devem ser evitados.
Dito isto, é hora de avaliar o local em que a pessoa idosa vive e chegar à conclusão que investir em modificações na casa é um gasto ínfimo comparado ao desgosto de termos um ente querido incapacitado.
Até a próxima postagem.
Porquê o idoso cai mais?
1- Sedentarismo: A falta de exercício físico atrofia a musculatura da pessoa mais velha, musculatura esssa que já sofre uma atrofia natural com a idade.
2- Déficit neuropsicomotor: 78% dos idosos com deficiência neuromuscular têm quedas graves, sendo que após os 60 anos há perda de 30 a 40 % da força muscular.
3- Perda de Massa Óssea: Ocorre naturalmente com o avanço da idade, favorece a osteoporose que por sua vez provoca fraturas por traumas leves.
4- Degeneração da Cartilagem Articular: Processo de desgaste natural da cartilagem (superfície de revestimento de uma articulação), chamada de osteoartrose, que provoca mais rigidez, menos flexibilidade, facilitando as quedas.
5- Medicamentos: Substâncias de ação central, como benzodiazepínicos (calmantes que causam sedação e queda de pressão), hipnóticos (sedativos que aumentam em 5 vezes o risco de quedas), diuréticos (usados para baixar a pressão), e o álcool que relaciono aqui pois aumenta muito o risco de queda, potencializa o efeito dos medicamentos e a perda óssea.
6- Obstáculos em Casa: Tapetes, chão encerado, degraus e desníveis entre ambientes são verdadeiras armadilhas para a pessoa idosa. acrescente-se a issso o banheiro sem adaptações (suportes para a pessoa segurar-se), e trajetos pouco iluminados.
7- Organização da Mobília: Móveis dispostos no caminho entre o idoso e o banheiro ( a pessoa pode tropeçar), móveis pontiagudos, com quinas que podem ferir a pessoa devem ser evitados.
Dito isto, é hora de avaliar o local em que a pessoa idosa vive e chegar à conclusão que investir em modificações na casa é um gasto ínfimo comparado ao desgosto de termos um ente querido incapacitado.
Até a próxima postagem.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Pronação Dolorosa
A pronação dolorosa é uma lesão frequente no cotovelo de crianças abaixo de 5 anos de idade, ocasionada pela tração da mão e do punho no sentido longitudinal, por exemplo ao segurarmos a criança pela mão para evitar uma queda (figura ao lado). Nesta idade a cabeça do rádio, osso lateral do antebraço, é envolta por um ligamento que encontra-se frouxo, permitindo seu deslocamento ao ser tracionado. A criança chora ao tentarem vesti-la, aos movimentos do braço, e evita usá-lo. Geralmente o Rx é pouco esclarecedor, sendo o diagnóstico estabelecido pela história e pelo exame físico. O interessante é que, muitas vezes ao pedirmos Rx do cotovelo, o técnico de Rx ao posicionar o braço pode muitas vezes sem saber colocar o osso de volta no lugar. A criança chora neste momento, angustiando seus pais.
Ao ser avaliado pelo ortopedista, este explica aos pais que o procedimento de redução (colocar o osso no lugar) é bastante simples, mas a criança sentirá uma breve dor e irá chorar, mas logo em seguida o choro passará e a criança voltará a usar o braço. A manobra de redução é realizada pelo ortopedista, que sente um pequeno estalido quando a cabeça do rádio retorna à sua posição anatômica.
Eu, particularmente, sempre imobilizo depois desta manobra, para evitar uma dor residual. Explico aos pais que a criança em algumas horas irá "destruir" a imobilização, justamente por estar sem dor, e nesse momento os pais poderão remover a imobilização.
Agora, o mais importante na pronação dolorosa é evitá-la, orientando os pais, babás, familiares, irmãos maiores, que até os 5 anos de idade nunca se puxa a criança pela mão, nunca se traciona o cotovelo.
Ao ser avaliado pelo ortopedista, este explica aos pais que o procedimento de redução (colocar o osso no lugar) é bastante simples, mas a criança sentirá uma breve dor e irá chorar, mas logo em seguida o choro passará e a criança voltará a usar o braço. A manobra de redução é realizada pelo ortopedista, que sente um pequeno estalido quando a cabeça do rádio retorna à sua posição anatômica.
Eu, particularmente, sempre imobilizo depois desta manobra, para evitar uma dor residual. Explico aos pais que a criança em algumas horas irá "destruir" a imobilização, justamente por estar sem dor, e nesse momento os pais poderão remover a imobilização.
Agora, o mais importante na pronação dolorosa é evitá-la, orientando os pais, babás, familiares, irmãos maiores, que até os 5 anos de idade nunca se puxa a criança pela mão, nunca se traciona o cotovelo.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Dicas de Postura
Recomeçando as postagens, vejo como fundamental dar algumas orientações de postura uma vez que no dia a dia do consultório percebo que muitos dos problemas ortopédicos estão relacionados direta ou indiretamente aos desvios posturais ou ao menos com o desleixo com a postura individual.
A principal causa das dores no pescoço e na cintura escapular (parte que envolve os ombros e as escápulas) é o uso inadequado do computador, onde a pessoa que estuda, pesquisa ou digita não posiciona o monitor no nível do horizonte visual, tendo que olhar para baixo ou para cima por períodos prolongados, causando sobrecarga e consequente contratura da musculatura do pescoço, cujos sintomas são dor em queimação, sensação de ardência e até fincadas no local. Colabora para piorar a dor a má posição dos membros superiores, que devem ter apoiados antebraços e cotovelos na mesa ou em um suporte para poupar a musculatura que sustenta os mesmos.
Ao permanecermos sentados temos que escolher uma cadeira com apoios para braços, apoio dorsal e lombar, e mais importante ainda, um estrado ou caixa aproximadamente da altura de um tijolo para os pés. A altura correta permitirá que os joelhos fiquem um pouco mais alto que os quadris, retificando a região lombar evitando dor e cansaço local.
Ao fazermos tarefas em pé também devemos ter um suporte na altura de um tijolo ou pouco mais alto conforme a escolha da pessoa, para que apoiemos um dos pés, poupando assim a sobrecarga lombar (evitando sobrecarga nos discos lombares), usando os quadris ao movimento do tronco.
Evitem ver TV na cama, ler na cama, ou posições com a cabeça muito forçada para o lado, pois causam contraturas e torcicolo.
Os alongamentos também são importantes, recomendo fazê-los ao deitar, antes de levantar e após longos períodos sem mudança de posição.
A principal causa das dores no pescoço e na cintura escapular (parte que envolve os ombros e as escápulas) é o uso inadequado do computador, onde a pessoa que estuda, pesquisa ou digita não posiciona o monitor no nível do horizonte visual, tendo que olhar para baixo ou para cima por períodos prolongados, causando sobrecarga e consequente contratura da musculatura do pescoço, cujos sintomas são dor em queimação, sensação de ardência e até fincadas no local. Colabora para piorar a dor a má posição dos membros superiores, que devem ter apoiados antebraços e cotovelos na mesa ou em um suporte para poupar a musculatura que sustenta os mesmos.
Ao permanecermos sentados temos que escolher uma cadeira com apoios para braços, apoio dorsal e lombar, e mais importante ainda, um estrado ou caixa aproximadamente da altura de um tijolo para os pés. A altura correta permitirá que os joelhos fiquem um pouco mais alto que os quadris, retificando a região lombar evitando dor e cansaço local.
Ao fazermos tarefas em pé também devemos ter um suporte na altura de um tijolo ou pouco mais alto conforme a escolha da pessoa, para que apoiemos um dos pés, poupando assim a sobrecarga lombar (evitando sobrecarga nos discos lombares), usando os quadris ao movimento do tronco.
Evitem ver TV na cama, ler na cama, ou posições com a cabeça muito forçada para o lado, pois causam contraturas e torcicolo.
Os alongamentos também são importantes, recomendo fazê-los ao deitar, antes de levantar e após longos períodos sem mudança de posição.
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