As fraturas dos ossos do pé são frequentes em esportes, acidentes de trânsito e até domésticos, principalmente os dedos dos pés.
As fraturas dos dedos são em sua maioria tratadas conservadoramente, raramente usa-se imobilização gessada, bastando imobilizar o dedo afetado no seu dedo adjacente intacto. A dica é que, em traumas nos dedos dos pés em que apareça hematoma devemos fazer Rx pois a possibilidade de fratura é maior (exceto crianças, em que pode haver pouco ou nehum hematoma). As fraturas nos dedos que são consideradas mais sérias são as articulares (o traço de fratura vai até a superfície articular) que podem levar a dor e desgaste da articulação, e as desviadas, que necessitam redução (ato de colocar o osso no lugar), principalmente o desvio rotacional.
No meio do pé temos os ossos metatarsianos, em que as fraturas ocorrem por traumas mais severos, sendo que o 5° osso metatarsiano (que fica na borda lateral do pé) fratura comumente em torções do pé. O tratamento é conservador, com imobilização e elevação do pé, em fraturas com pouco ou nenhum desvio. Nas fraturas com maior deslocamento pode ser necessário cirurgia.
Mais acima dos metatarsianos, temos no mediopé os ossos do tarso, que são os cuneiformes medial, central e lateral, o cubóide, o talus e o calcâneo. As fraturas destes ossos são importantes, pois não aceitam desvios, devendo ser reduzidas e fixadas quando deslocadas mais de 1 a 2 milimetros.
O talus, por ser o osso que articula o pé com o tornozelo, é muito importante, pois fraturas com qualquer desvio podem levar a graves consequências na mobilidade do tornozelo, além de dor e até necrose ( morte do osso por falta de circulação). Devem, portanto, ser fixadas em qualquer desvio, pois o talus articula-se abaixo com o osso calcâneo e acima com a tibia.
O osso calcâneo tem uma importância similar a do talus, não permitindo desvios quando a fratura atinge sua superfície articular. Do contrário, suporta algum desvio podendo ser tratado com gesso sem apoio.
O importante é sabermos que as fraturas dos ossos do pé não podem ser subestimadas, pois podem levar a uma marcha dolorosa.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
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