As lesões musculares são bastante comuns a quem pratica esportes, mesmo aqueles menos vigorosos. Geralmente ocorrem no início (músculos não aquecidos) ou no fim do treino ou jogo. Devemos sempre fazer aquecimento antes do treino, alongando as fibras musculares. Ao final da atividade física, o alongamento também é importante.
Podemos dividi-las em lesões de pequeno porte ou grau 1, lesões moderadas, grau 2, até as lesões mais importantes, ou grau 3, que são as lacerações musculares.
Nas lesões de grau 1 temos mais comumente as contusões, decorrentes de trauma direto, em que o músculo é atingido por uma pancada, em que a pessoa fica com o membro afetado inchado, com dor ao movimento. As lesões intermediárias, de grau 2, são estiramentos em que a fibra muscular é distendida no seu limite máximo, causando hematoma no interior do músculo, além do edema e da dor. E nas lesões de maior dano ao músculo, chamadas de grau 3, temos a ruptura da fibra muscular, com o aparecimento de grande hematoma no membro acometido, ficando com coloração roxa, chegando ao ponto de, ao cicatrizar a lesão, notarmos uma falha na superfície do membro afetado, sendo estas lesões muitas vezes de tratamento cirúrgico.
Devemos sempre aplicar gelo no local, em torno de 30 minutos a cada 2 horas, nas primeiras horas, mantendo com menor frequencia nas primeiras 24 a 48 horas, com o objetivo de aliviar a dor e impedir um edema (inchaço) muito grande, que pode dificultar o movimento e a circulação da parte afetada. Após o período de 24 a 48 horas, pode-se aplicar calor local, colaborando para o relaxamento muscular e para a reabsorção do edema e de algum hematoma que porventura tenha se estabelecido. O repouso e a imobilização da parte afetada são importantes somente no início. O uso de analgésicos, anti-inflamatórios na fase inicial, e da elevação do membro afetado são também de grande valia. Associa-se, alguns dias depois da diminuição dos sintomas, o retorno gradativo ao movimento, evitando atrofia e retração muscular. Ligas de neoprene dão conforto facilitando o retorno da mobilidade com menor desconforto, podendo ser usadas se toleradas pelo esportista.
Normalmente as contusões recuperam bem, em 7 a 10 dias a pessoa já pode retornar ao esporte. Os estiramentos já demoram de 14 a 21 dias para a cicatrização, mas a recuperação completa leva em torno de 6 semanas. Quanto às rupturas musculares, mesmo que não precisem operar, necessitam de mais cuidado, podendo necessitar de fisioterapia para auxiliar na readaptação das fibras musculares à atividade física.
O retorno ao esporte deve ser gradativo, sem forçar a musculatura, aumentando o treinamento aos poucos, se não surgir dor ao alongar ou aquecer.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
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